A equipe econômica do Governo Federal já estuda o que fazer com a desoneração da gasolina e do etanol que termina no dia 28 de fevereiro. A frente política defende manter essa desoneração. A área técnica, por sua vez, defende que, diante da situação fiscal, essa redução não seja mantida.

Os donos de postos de combustíveis mantêm a posição de manutenção da desoneração sobre a gasolina e o etanol, pois a carga tributária imposta sobre esses produtos já é muito alta e um novo aumento elevaria o custeio dos postos, pois, quanto mais caro, menor a rentabilidade e traria uma diminuição no consumo. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Goiás (Sindiposto) Márcio Andrade destacou a previsão de aumento, caso o governo decida por não manter os preços praticados atualmente.

Ainda de acordo com Márcio Andrade não tem ocorrido um diálogo com o Governo de Goiás por conta da indefinição sobre qual será a posição do governo e defende que isso seja feito com antecedência. A volta integral dos impostos federais representa um aumento de R$ 0,69 no litro dos combustíveis vendidos na bomba.

O motorista goiano também está bem preocupado e o sentimento não é de melhora porque a gravidade do problema não impacta só quem abastece, mas toda a cadeia produtiva e que vai gerar aumento no valor de outros produtos, como a cesta básica. A avaliação é do advogado Mauro Nicodemos. Para ele, a desoneração no preço dos combustíveis vai impactar refletir no aumento em todos os gastos essenciais dele.

Lembrando que o diesel e o gás de cozinha estão com desonerações de impostos mantidos até o dia 31 de dezembro.  Essa decisão de manter ou não a redução de impostos também impacta o preço do Gás Natural Veicular e também do querosene de aviação. O impacto dessa desoneração nos cofres da União é de R$ 3 bilhões.