CBN Goiânia
TEMPO | 5 de Julho de 2023
Mudanças climáticas têm preocupado agricultores goianos, que temem prejuízos causados pelos impactos
IMAGEM

As mudanças climáticas do planeta, verificadas recentemente, têm preocupado o setor da agricultura em Goiás. Na última segunda-feira (03), por exemplo, os Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos Estados Unidos divulgaram que a temperatura média global atingiu a marca de 17,01°C, o dia mais quente registrado na Terra.

A climatologista e professora do Instituto de Estudos Socioambientais da Universidade Federal de Goiás (UFG), Juliana Ramalho, afirma que as mudanças impactam diretamente de como a vida se desenvolve no planeta. No Centro-Oeste do Brasil, outro alerta existente é para a chegada dos efeitos de um El Niño mais severo. O fenômeno, caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, pode trazer temperaturas mais elevadas durante o inverno e ainda uma seca mais severa. A professora Juliana Ramalho traz um resumo das principais consequências que podem ocorrer. Uma das mais preocupantes é a alta no número de incêndios.

“A vegetação do Cerrado tem uma tendência natural em entrar em combustão diante de temperaturas mais elevadas. E, em questão do desenvolvimento do bioma, tem estudos que mostram que nós temos mudança, por exemplo, no padrão de florescimento de algumas árvores e de algumas espécies. A gente também teria o impacto de redução da nossa vegetação, mas o nosso impacto maior seria na questão das águas porque há aumento no processo de evaporação. A gente teria aí uma maior dificuldade”, explica.

Quando falamos em causas, os especialistas apontam que a urbanização e o desmatamento de florestas estão entre as que mais colaboram para o aquecimento do planeta. E daí os desafios do setor da agricultura aumentam. O coordenador técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás, Alexandro Alves, aponta que todo efeito climático pode impactar as produções. Mas a alta de temperatura e o tempo seco prejudicam, principalmente, as produções de hortaliças e frutas e ainda as culturas que dependem das chuvas.

Diante disso, os produtores se adaptam buscando tecnologias que auxiliam nos processos de produção e ainda pode haver redução nos investimentos, diminuindo áreas de produção. Este movimento pode, inclusive, chegar ao bolso do consumidor.

As perspectivas para o futuro não são nada positivas. A escassez de recursos hídricos somada a outros efeitos climáticos acendem o alerta para um caminho de um mundo cada vez mais quente.

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