Andressa Vasconcelos

Faltam menos de dois meses para que as indústrias que vendem café se adequem à portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária que prevê, por exemplo, que informações extras como o ponto da torra e a espécie do café estejam nas embalagens dos produtos de todo Brasil.

As novas normas também têm o objetivo de padronizar a qualidade do café. O assunto foi discutido em evento do setor que aconteceu, nesta quinta-feira, em Goiânia. A ideia é orientar as torrefadoras goianas sobre as novas regras.

De acordo com o presidente da Abic, a Associação Brasileira das Indústrias do Café, Pavel Cardoso, antes da regulamentação a associação enfrentava um problema com pessoas que fraudavam o café.

Além de regras mais duras para a torrefação, amostras também devem ser coletadas em supermercados para identificar impurezas no produto. Com a nova regulamentação, quem não seguir o padrão de qualidade pode ser multado e indústrias podem ser fechadas.

Goiás é o sétimo maior produtor de café Arábica no Brasil. São 100 produtores rurais com plantações da cultura em 24 cidades e 60 indústrias. É um dos estados com maior relevância na produção na região centro-oeste e o segmento é responsável por fortalecer o agronegócio goiano, como destaca o presidente da Federação das Indústrias de Goiás, Sandro Mabel.

Em março o Brasil bateu recorde na exportação de café. Foram mais de 4 milhões de sacas enviadas para outros países. O número representa um aumento de 37,8%, em relação ao mesmo período de 2023.

Por Andressa Vasconcelos.

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