Os vetos do governador Ronaldo Caiado (UB) aos projetos de lei enviados pelos deputados da Assembleia Legislativa de Goiás continuam causando atritos entre os poderes. Durante a entrevista, o presidente da Alego, Bruno Peixoto (UB) falou que todas as matérias da casa passam pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação, são avaliadas em primeira e segunda votação para finalmente serem enviadas ao executivo. Todo esse processo serve para avaliar questões de constitucionalidade e de interesse público. Para Bruno Peixoto (UB), como é prerrogativa do governador vetar, é trabalho da casa derrubar o veto.

Durante a sessão da desta terça um dos projetos que teve o veto derrubado pelos deputados da Assembleia Legislativa foi o de autoria do parlamentar Lincoln Tejota (UB). A matéria prevê que os pacientes que necessitam recebam gratuitamente do Poder Público medicamentos à base de cannabis para fins terapêuticos e medicinais. O deputado da União Brasil, mesmo partido do governador, conta que recebeu com surpresa o veto ao projeto.

Essa não é a primeira vez que deputados da base aliada ao governador  reclamam da quantidade de vetos aos projetos enviados ao Palácio das Esmeraldas. Na semana passada o presidente da comissão de constituição de justiça Wagner Neto (SD) disse haver falta de diálogo entre o governo e os deputados, por isso os vetos nas matérias. O deputado Issy Quinan do MDB disse que todos são adultos e capazes de entender possíveis inconstitucionalidades.

Ao todo, Caiado enviou 48 vetos a Alego neste ano, sendo 28 integrais e 20 parciais.  Em 2023 o governador assinou o maior número de vetos na gestão 281. 

O procurador do estado Jorge Pinchemel falou sobre o assunto em entrevista na semana passada e disse que não existe má vontade por parte do governo em atender as demandas dos deputados, mas que é preciso estar atento às necessidades e ao plano de governo do governador Ronaldo Caiado (UB). 

Por Eliara Salla