A Universidade Federal de Goiás deve apresentar à Prefeitura de Goiânia, ainda esta semana, o estudo com dados a respeito da movimentação da população residente na Capital e do transporte coletivo. O diagnóstico embasa o Plano Municipal de Mobilidade, que é elaborado em uma parceria com a UFG. O documento, que aponta os problemas verificados na mobilidade urbana e as possíveis soluções, deverá determinar as futuras alterações no trânsito do município. Entre as características identificadas estão os meios de transporte mais utilizados pelos cidadãos. Segundo o professor Ronny Marcelo Aliaga Medrano, coordenador do curso de Engenharia de Transportes da universidade, o levantamento mostrou uma mudança na forma de locomoção dos goianienses, com a preferência nos últimos anos pelo transporte individual.

“De2019 para 2022, nós tínhamos 40% era transporte individual e 30% de transporte coletivo. Hoje em dia temos 60% transporte individual e 15% transporte coletivo. Então, nós temos muitos usuários de carro e nas vias. A saturação é enorme”, destaca.

O estudo vai ser capaz de mostrar como as pessoas chegam até polos geradores de tráfego, como a região da Rua 44 ou uma unidade de ensino. Baseado nisso, será possível fazer parcerias com as entidades para o desenvolvimento de planos de mobilidade corporativo. Dependendo da quantidade de pessoas que vão de carro, por exemplo, poderá ser feita parceria para fomentar outro tipo de transporte, como os chamados ride sharings, que são veículos compartilhados que abrangem os aplicativos e até o Citybus.

A previsão inicial era de que o Plano de Mobilidade fosse enviado à Câmara Municipal ainda no ano passado. A expectativa é de que, com a finalização dos estudos técnicos, o projeto de lei seja posteriormente encaminhado aos vereadores de Goiânia. A data, contudo, ainda não foi definida.