O Rio Meia Ponte, usado para o abastecimento de Goiânia, tem 31 áreas de assoreamento, áreas de erosões, uso inadequado da água para atividades de mineração e 28% de esgoto da capital está sendo despejado nele de forma irregular. Isso é o que o aponta o resultado da primeira expedição feita ao longo do manancial, que nasce em Itauçu e deságua no Rio Paranaíba, entre Itumbiara e Cachoeira Dourada. Participaram do levantamento políticos, pesquisadores da Universidade Federal de Goiás, integrantes de entidades ligadas ao Meio Ambiente e da Saneago.

O relatório final da análise foi apresentado nesta segunda-feira (12) na Câmara Municipal de Goiânia. De acordo com a reitora da Universidade Federal de Goiás, Angelita Pereira de Lima, o trecho que mais preocupa é de Goiânia, onde há alta carga de materiais poluentes, como isopor e sacolas plásticas.

“Quando nós falamos do Rio Meia Ponte, nós estamos falando desse percurso do rio quando atravessa a região metropolitana. É fato que, quando o rio chega à região metropolitana, ele atravessa Goiânia, ele recebe uma carga muito alta de material não tratado, como lixos, sacos plásticos, isopores. Material tratado e material clandestino. Então isso torna o rio, de fato, poluído”, destaca.

A superintendente de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Saneago, Camila Roncato, disse que a agência está com uma licitação em andamento para dar continuidade a obras para diminuir a porcentagem de esgoto derramado no rio. 

“Esse intermediário vai interceptar o esgoto que ainda vai indevidamente para o Rio Meia Ponte. Então, ele vai conduzir até a estação de tratamento de esgoto e a gente vai contribuir com a despoluição do Meia Ponte quando a gente concluir essas obras”, reforça.

Com isso, o problema deve ser solucionado até dezembro deste ano. O trabalho foi encabeçado pela vereadora de Goiânia Kátia Maria (PT). Ela disse que o relatório com todas as irregularidades encontradas será encaminhado aos órgãos responsáveis para que medidas sejam tomadas.