Reprodução/IBGE

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram mudança no comportamento social em relação à maternidade ao longo dos anos. Em 2022,  aproximadamente 89 mil crianças nasceram e foram registradas em cartórios goianos. Uma queda de 1,2% em relação a 2021. Mas em um cenário mais amplo, observando os últimos 12 anos, os números são ainda mais impactantes: este é o menor registro de nascimentos em Goiás durante todo esse período.  

A queda foi em 120 dos 246 municípios goianos. Em Goiânia, houve uma redução de 0,6% de nascimentos. Já em Aparecida de Goiânia, a redução chegou a 7,9%. Senador Canedo foi 5,4% de nascimentos a menos. Vitória Oliveira, de 24 anos, é mãe da Katarina, nascida em 2022, e contou que planejou bastante antes de ter a filha e que não pretende ter outros filhos. Um dos motivos são os gastos financeiros ao ter mais uma criança.

O superintendente do IBGE em Goiás, Édson Roberto Vieira, explica que a crise econômica e a maior inserção da mulher no mercado de trabalho foram as maiores razões para a transformação deste cenário. Além da queda nos nascimentos, outro comportamento da maternidade também chama atenção. Em 2000, quase 60% dos nascimentos aconteciam entre 20 e 29 anos de idade. Já em 2022, esse índice caiu para 51%. Enquanto isso, houve aumento de nascimentos de filhos gerados por mulheres entre 30 e 39 anos. 

Por Fernanda Santos