No Precisamos Falar Sobre desta sexta-feira (16), os assuntos são a pecuária de Goiânia, programação infantil nos dias de evento. A polêmica do bebê reborn. Depoimento da influenciadora Virgínia sobre os jogos de aposta, e o aumento da tarifa do transporte coletivo.

Ouça o episódio completo:

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Pecuária de Goiânia, bebê reborn e o depoimento de Virgínia sobre jogos de aposta

Precisamos falar Sobre

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Matéria - genérica - CBNGO

P.F.S #202

A tendência de apartamentos compactos começou em São Paulo há mais de 10 anos, mas ganhou o mercado goiano rapidamente. Segundo a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), imóveis de até 50 metros quadrados tiveram 4.324 unidades vendidas em Goiânia, em 2024, o que representa cerca de 40% do total comercializado no ano, um volume 40% maior que em 2023, quando 3.085 unidades foram vendidas.

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Atualmente temos empreendimentos com unidades ultracompactas, com menos de 30 metros quadrados. “Isso democratizou a aquisição de apartamentos em regiões mais nobres, possibilitando o acesso de pessoas com menor poder aquisitivo, e revolucionou a mobilidade, fazendo com que as pessoas perdessem muito menos tempo de trânsito”, explica Fernando Razuk, CEO da Somos Desenvolvimento Imobiliário.

A empresa acaba de lançar um empreendimento com unidades supercompactas, a partir de 22 metros quadrados. Segundo ele, a demanda por turismo de negócios cresce na proporção do crescimento econômico da região, que é acima da média nacional. “Esse formato de apartamento atende a procura de investidores interessados na rentabilidade de imóveis com as hospedagens short stay, ou locação por diária”, justifica o empresário.

Ele lembra que plataformas como Airbnb e Booking têm revolucionado a forma de se hospedar e de se investir em imóveis. “Essas ferramentas possibilitaram os proprietários de imóveis alugarem seus apartamentos por diárias, tornando-os uma alternativa aos tradicionais hotéis, o que tem rentabilizado melhor o investimento, na chamada locação short stay”, analisa Razuk.

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Como é muito comum as pessoas virem do interior ou de outras cidades para Goiânia, precisando de estadia por alguns dias, a hospedagem nesses apartamentos pode ser uma alternativa mais econômica e confortável que um hotel tradicional. O empresário reforça que o aluguel por temporada rentabiliza o investimento em apartamentos muito acima de uma locação tradicional. “Contratando uma empresa de gestão, o proprietário do imóvel pode alcançar esse lucro sem qualquer trabalho ou burocracia”, completa.

As empresas que fazem a gestão desse formato de locação oferecem soluções completas para os proprietários. Para a CEO da Stay, Vanessa Morales, apesar do crescimento do número de empreendimentos, os apartamentos compactos e estúdios não são um mercado que possa se saturar, pela procura por jovens, pessoas divorciadas ou que estejam envelhecendo e que buscam um lugar mais prático para morar.

Para os investidores, o grande atrativo dos compactos é a rentabilidade muito maior que nos imóveis convencionais. Hoje, a empresa goiana faz a gestão de 800 apartamentos em Goiânia, Palmas, Anápolis e São Paulo, ganhando um porcentual sobre o faturamento, que depende da tipologia do imóvel e da previsão de rentabilidade. Segundo a empresária, a demanda pelos serviços cresceu 56% de 2024 para 2025 e deve fechar o ano com porcentual bem maior.

Para Vanessa, vale lembrar que este é um mercado com poucas empresas especializadas em fazer o trabalho completo. “Temos um público forte de final de semana, que vem de Brasília ou do interior do estado. No último final de semana em que tivemos show da dupla Henrique e Juliano, tivemos 100% de ocupação. É muito turismo de lazer, de saúde, de corporativo ou estudantes que vem para estudar ou para concursos”, completa. A média de ocupação tem sido de 80% de segunda a sexta-feira.

Investimento

O cirurgião dentista Sílvio Araújo comprou um apartamento compacto, com 28 metros quadrados, no empreendimento Sun Square para investir na locação por curta temporada. Ele conta que queria ter um complemento de renda, mas sem precisar trabalhar diretamente com a administração do imóvel. “Queria investir em algo que pudesse alugar para ter uma renda passiva. Tentei fazer esta gestão sozinho, mas é muito trabalhoso, exigindo 24 horas à disposição dos hóspedes”, lembra.

Por não ter tempo para fazer este trabalho, ele contratou uma empresa de gestão profissional e pretende comprar outros imóveis. “Com a gestão profissional, ficou bem mais tranquilo porque não tenho mais tanta preocupação com esta administração”, justifica o investidor. Ele conta que a rentabilidade está entre 15% e 18%, ou seja, está valendo a pena e a modalidade pode ser uma boa opção de renda para complemento da aposentadoria.

Compactos foram 40% dos imóveis vendidos em 2024

Economia

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Matéria - Economia

Mercado imobiliário

O mercado imobiliário de Goiânia tem atraído cada vez mais a atenção de investidores profissionais de todo País. Um dos filões é o mercado de imóveis compactos para aluguel por temporada. Um dos motivos é o fato da capital goiana receber um crescente número de turistas que passam poucos dias na cidade, por causa de negócios, tratamentos de saúde, compras e até lazer.&nbsp;

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O resultado tem sido uma alta taxa de ocupação e uma rentabilidade alta em relação ao valor investido no imóvel. Entre um dos propulsores dos bons índices de utilização está a realização de grandes shows musicais, que atraem visitantes do interior do estado e até de outras regiões. Dados do Airbnb mostram que o faturamento com locações em Goiás ultrapassou R$ 314 milhões em 2023, sendo R$ 56 milhões em Goiânia.&nbsp;

Entre 2017 e 2023, o crescimento médio anual foi de 73%. De olho neste potencial da hospedagem de curta duração, o mercado imobiliário lançou muitas unidades compactas nos últimos anos e atraiu grandes gestores destes ativos.

É o caso da Seazone, uma das maiores empresas de short stay do Brasil e uma das administradoras com maior faturamento em plataformas como Airbnb e Booking no País, com faturamento de R$ 28 milhões em 2024. Além de gerir 1.950 imóveis de curta temporada (short stay) no país em 54 cidades brasileiras, sendo 150 deles em Goiânia, além de Pirenópolis e Brasília, a empresa acaba de lançar um empreendimento de sua marca própria, de unidades compactas, na capital: o Marista 144 Spot, desenvolvido a partir de estudos de potencial turístico e imobiliário.

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Já são 30 empreendimentos Spot lançados e vendidos pela empresa e mais três em lançamento no País, incluindo o de Goiânia. O fundador da Seazone, Fernando Moreira, conta que a empresa nasceu para trazer imóveis com melhor rentabilidade para investidores que não querem se preocupar com nada sobre gestão.&nbsp;

O investidor lembra que tudo começou quando ele comprou seu primeiro apartamento em Florianópolis (SC) e colocou para locação pelo Airbnb. “Tive uma surpresa com o valor ganho com a locação. Paguei R$ 250 mil e tive um retorno de R$ 85 mil no primeiro e segundo anos (2014 e 2015), mesmo eu usando de vez em quando. Um ganho líquido de R$ 50 mil, 20% ao ano”, afirma.

No ano seguinte, Moreira fez R$ 116 mil e começou a comprar imóveis para investimento em dois hotéis na capital catarinense. Mas percebeu que a rentabilidade era menor deixando no pool de locação do hotel.

“Quando cheguei a ter sete apartamentos, isso começou a dar trabalho. Foi quando procurei uma empresa para administrar estas locações e não encontrei nenhuma no mercado”, lembra o investidor. Moreira procurou um amigo que era empreendedor de startups e mostrou sua ideia de abrir um negócio para fazer a gestão de imóveis por temporada.&nbsp;

A proposta era trabalhar em quatro pilares: gestão de unidades dentro de hotéis, gestão de imóveis residenciais, detecção de oportunidades com gestão de portfólio de imóveis e a construção voltada para short stay. A empresa abriu as portas em 2018 com 40 imóveis para administração e, já em 2019, começou a gestão de imóveis residenciais em Jurerê para locação por temporada.&nbsp;

No final daquele ano, apartamentos em hotéis ficaram muito caros, o que reduziu a rentabilidade e fez surgir a oportunidade de comprar terrenos na região em parceria com um construtor. Foi quando nasceu o primeiro empreendimento da marca Spot, com 25 unidades compactas de 18 metros quadrados, todas com vista para o mar e um rooftop com piscina, que se tornou uma área instagramável e é alugado para eventos, reduzindo o condomínio.&nbsp;

As diárias custam R$ 250 no período de inverno, mas chegam a R$ 1.500 no verão. “Um único apartamento chegou a faturar R$ 65 mil em um ano, proporcionando um retorno de 19%”, destaca o empresário. Moreira lembra que, para proporcionar boa rentabilidade, o imóvel tem de ser bem localizado, ser compacto, ter alguns atrativos e um tíquete baixo para ter liquidez valorização.&nbsp;Durante a pandemia, surgiu a ideia de adotar o modelo de franquia.

Hoje, além de Goiânia, a empresa também faz gestões em Pirenópolis e Brasília (DF). Segundo Moreira, o setor Marista foi escolhido para receber um Spot após pesquisas feitas por inteligência artificial analisarem dados de empresas de hospedagem, como Airbnb, e identificarem os bairros com maior faturamento.&nbsp;

O empreendimento no Marista terá 150 unidades, de 15 a 22 metros quadrados, e está 55% vendido. Cada uma delas tem preço médio de R$ 230 mil e a meta é proporcionar uma rentabilidade de 13% ao ano.&nbsp;Entre os compradores, estão investidores especializados, profissionais liberais e empresários, que buscam uma renda passiva futura. A empresa também identificou oportunidades em Pirenópolis e na Chapada dos Veadeiros.&nbsp;

Para Moreira, o sucesso das locações se deve ao fato de Goiânia ter uma rede hospitalar forte (o Spot será próximo ao complexo Órion), além de uma forte rede de educação, turismo de compras, negócios e até de festa. “Vendemos 100 diárias mensais só para o Órion, que traz profissionais de fora. Muita gente também vem a negócios, fora o fato de ser a capital do agronegócio. A locação por temporada é uma forma de rentabilizar mais o imóvel e, todos os anos, a demanda por nossos serviços cresceu 100%”, afirma.

Mercado amplo

Outra empresa do ramo que atua em Goiânia é a Stay, especializada em hospitalidade. Vanessa Pires Morales, head de hospitalidade, vendas e marketing da Stay, conta que a empresa foi lançada para atender clientes de todo este mercado, desde incorporadoras até o comprador do imóvel.&nbsp;

Para outras empresas, ela faz desde a pesquisa mercadológica sobre o produto mais adequado para cada região e sobre as experiências que o empreendimento precisa ter, como cafeteria ou lavanderia, além de estratégias de marketing para venda das unidades.&nbsp;

Quando o prédio é entregue, demanda a gestão profissional condominial para não ter problemas com investidores e nem moradores que fazem a locação. Daí, entra o serviço de administração da Stay. “Quando o proprietário recebe o apartamento, precisa mobiliar de acordo com as necessidades do modelo de locação por temporada. A Stay Stile, um de nossos produtos, faz a cotação de mobiliários e entrega o imóvel tudo pronto, inclusive com enxoval e vídeos prontos para divulgação”, ressalta a empresária.

A empresa também divulga a locação por temporada em todos canais de venda que já trabalhados pela hotelaria, inclusive agências de viagem e operadores de turismo. “Cuidamos da governança, manutenção, parte burocrática, comercial, marketing, reservas e todo atendimento”, destaca Vanessa.

Segundo ela, a rentabilidade depende muito da localização, tipologia, decoração e até da concorrência no mercado local e regional, inclusive dentro do próprio prédio. “Nossa rentabilidade está em torno de 14% a 18% ao ano, o que é bem mais alto que a locação convencional ou na hotelaria”, alerta.

Investidores ampliam aposta na locação por temporada

Os filiados ao Partido dos Trabalhadores (PT) em Goiás decidirão o comando da sigla para os próximos quatro anos no dia 6 de julho e escolherão entre as chapas lideradas pela deputada federal Adriana Accorsi e pelo professor universitário Luiz Carvalho. Com apoio interno majoritário entre as correntes partidárias, a deputada aponta que a meta da legenda para a eleição de 2026 é ampliar as bancadas na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e considera a possibilidade de não lançar nome próprio ao governo estadual.

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As chapas foram protocoladas na última semana e seguem alinhamento com as articulações nacionais das tendências internas entre os petistas. A candidatura de Adriana Accorsi segue a negociação majoritária do candidato a presidente nacional da sigla, Edinho Silva, que reúne a maior parte dos grupos. Apenas a tendência “Diálogo e Ação Petista (DAP)” decidiu por lançar nomes próprios em todos os estados, com o objetivo de marcar posição ideológica, com campanhas para que o partido “vire à esquerda”.

“O entendimento é de uma chapa que traz uma unidade muito grande da maioria das forças e das maiores lideranças e que tem uma missão importante de fortalecer o partido tanto para defender as políticas públicas que nós acreditamos que são justas, quanto para nos fortalecer para o próximo desafio eleitoral, no ano que vem”, afirma Adriana ao POPULAR.

A deputada federal aponta que, em Goiás, tem o apoio de das bancadas de vereadores em Goiânia, assim como deputados estaduais e do colega na Câmara, Rubens Otoni. A disputa interna, segundo ela, é “natural”. “A quantidade de votos que eles tiverem na eleição será a participação deles no diretório. Então, eles estarão com a gente. Tem sido um processo muito respeitoso e tranquilo”, afirma a parlamentar.

Já Rubens Otoni avalia que a disputa “é vista com naturalidade e como exercício da democracia”. diz. “Mas construímos com maturidade uma aliança ampla com a grande maioria das lideranças do partido, no entendimento que a prioridade para o próximo período é a reeleição do presidente Lula e não tem sentido gastar energia em disputas internas”, considera.

“Além da reeleição do presidente Lula, queremos aumentar a nossa representação na Assembleia Legislativa e também em Brasília”, define Otoni.

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Adriana reforça as metas do partido. “A prioridade é a reeleição do presidente Lula e aumentar a bancada estadual e federal. Nós estamos fazendo isso nas últimas eleições. Foi assim em 2022 e em 2024 e acreditamos que será assim também em 2026. O partido está em uma tendência de crescimento em todo o Brasil”, acredita.

A deputada aponta que o objetivo é ampliar para três as atuais duas cadeiras na Câmara dos Deputados e chegar a cinco deputados estaduais na Alego, que atualmente conta com três petistas. Para alcançar os números, a estratégia passa pela estruturação do partido em diretórios em todos os 246 municípios do estado. Atualmente, o PT tem representação oficial em 180 cidades.

Majoritária

Segundo a parlamentar, no entanto, ainda não há indicação para candidaturas próprias ao Senado, que também é alvo de priorização da direção nacional da legenda. “Como nenhuma liderança ainda se colocou para essa candidatura, até porque ainda está no início, logo depois da eleição para o diretório nós passaremos a discutir essa questão majoritária. Se lançaremos candidato ou se dialogamos com candidatos de outros partidos, o que é uma possibilidade real e concreta”, afirma.

Adriana explica que o PT também já trabalha com a possibilidade de não lançar nome próprio ao governo estadual. “É uma possibilidade. A gente ainda vai debater tudo isso de forma muito democrática com os partidos progressistas em Goiás. A gente tem um contato muito grande com os partidos que fizeram parte da nossa campanha para a Prefeitura de Goiânia em 2024 e vamos enfrentar isso juntos. Claro que isso passa pelo contexto nacional, de apoio ao presidente Lula”, diz.

A ausência de candidatura petista na corrida ao Palácio das Esmeraldas, se for confirmada, ocorreria pela terceira vez desde a retomada das eleições diretas para o governo estadual, há 43 anos. Em 2022, o partido teve o pleito do ex-reitor da PUC, Wolmir Amado, enquanto a vereadora Kátia Maria esteve na disputa em 2018 e o deputado estadual Antônio Gomide concorreu em 2014.

O PT só ficou fora da cabeça de chapa em 2010, quando apoiou a candidatura de Iris Rezende (MDB) e em 2006, quando ocupou a vice em composição com a campanha do ex-deputado federal Barbosa Neto (PSB). Antes disso, a sigla teve as candidaturas de Marina Sant’anna (2002); Osmar Magalhães (1998); Luiz Antônio de Carvalho (1994); Valdi Camárcio (1990); Darci Accorsi (1986) e Athos Magno (1982).

O deputado estadual Mauro Rubem considerou articular projeto alternativo, mas foi demovido pela articulação nacional. Apesar de definir apoio à chapa liderada por Adriana Accorsi, o parlamentar apresenta posição divergente sobre a possibilidade de não lançar nome próprio ao governo.

“A minha opinião é que o PT tem que lançar chapa completa, aberto para composições, sem problema. São seis nomes na chapa e é possível ter outros partidos, mas o PT tem que apresentar a cabeça de chapa”, defende.

Divergência

A proposta da tendência ideológica “Diálogo e Ação Petista” em Goiás apresenta análise sobre o posicionamento internacional do partido e critica que o PT acompanhou “as muitas concessões do governo Lula à Faria Lima” e que, “apesar dos programas sociais, o governo largou mão de importantes compromissos de campanha. Ainda é tempo de reagir”, pede.

O candidato Luiz Carvalho é professor doutor de psicologia da Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e foi candidato a vereador na cidade em 2024.

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Professor Luiz Carvalho, candidato à presidência estadual, com Gleisi Hoffman: críticas ao governo federal (Divulgação PT Catalão)

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PT vive eleição interna 'amigável'

Política

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Matéria - Política

Eleições 2026

Os sinais públicos apresentados pelos principais nomes da base aliada ao governo estadual intensificaram o movimento de aproximação de prefeitos e lideranças do PL, com vistas à composição de aliança para a disputa da eleição estadual de 2026. As declarações recentes do vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), e da primeira-dama, Gracinha Caiado (UB), apontam para o acerto, enquanto parte da cúpula do partido no estado mantém suas resistências, mas sem esboçar efetiva reação contrária.

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Prefeitos ainda próximos ao presidente estadual do partido, Wilder Morais (PL), reconhecem que o senador mantém foco na possibilidade de lançar candidatura própria contra Daniel Vilela, mas apontam que a falta de movimentos efetivos para estruturar o projeto demonstra uma mudança de postura. A avaliação interna no PL é de que as possibilidades de disputa direta contra Daniel Vilela são cada vez mais remotas.

Lideranças do partido ouvidas pela reportagem afirmam que, além do desafio de enfrentar a máquina do governo estadual e o discurso de continuidade da administração do governador Ronaldo Caiado (UB), haveria a dificuldade de não contar com o apoio majoritário em mais de 230 cidades, que são controladas por prefeitos da base caiadista.

No fim de 2024, o partido publicou nota oficial para repudiar a articulação, liderada pelo vereador Vitor Hugo (PL), que resultou em reunião entre o vice-governador e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília. Desde então, nenhum processo pela expulsão de Vitor Hugo foi aberto na comissão de ética da legenda, apesar das ameaças à época, e os integrantes da direção do partido passaram a assistir à retomada de proximidade entre Bolsonaro e Caiado, em torno da defesa pela anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/wilder-reafirma-candidatura-ao-governo-estadual-1.3265105" target="_blank">Wilder reafirma candidatura ao governo estadual</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/gracinha-reforca-intenc-o-de-incluir-o-pl-em-alianca-1.3263101" target="_blank">Gracinha reforça intenção de incluir o PL em aliança</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/caiado-reforca-anistia-a-todos-e-diz-que-seria-seu-segundo-ato-1.3265102" target="_blank">Caiado reforça 'anistia a todos' e diz que seria seu 'segundo ato'</a></div>

As trocas de sinais entre os dois tiveram ápice de alinhamento na última semana, quando o governador prometeu anistiar o próprio ex-presidente, caso tenha sucesso no seu projeto de candidatura à presidência da República.

Apesar da pausa no processo de cooptação de prefeitos do PL, com filiações ao UB e MDB, os gestores municipais do partido mantém sinais positivos à aliança com a base governista no próximo ano. A formalização das adesões foi interrompida como parte do acordo que resultou no encerramento da ação, proposta pelo PL durante a disputa da eleição à Prefeitura de Goiânia, que buscava a inelegibilidade de Caiado.

Na última semana, o prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), reforçou a “parceria administrativa” com a gestão estadual e entregou a Jair Bolsonaro a decisão sobre os rumos do partido em Goiás. Eleito depois de disputa contra a base caiadista na cidade, mas com relação de proximidade histórica com Daniel Vilela, o prefeito deixou para o próximo ano a decisão sobre apoio a uma pré-candidatura ao governo estadual.

Em discurso, no entanto, retomou elogios ao governador. “O gesto do governo do estado, que anunciou um pacote de obras na cidade de Anápolis. É um momento que mostra superação e também que o interesse da cidade está muito acima de projetos políticos e eleitorais. Enquanto muitos julgaram a capacidade do governador de superar o processo eleitoral em prol da sua cidade, o governador mostra o quanto ele é um estadista, com sua grande visão municipalista, principalmente se tratando de sua terra natal”, disse Corrêa.

“O PL decidiu não recorrer. O Bolsonaro desejou, no trio elétrico na Avenida Paulista, que o Caiado estivesse elegível e o Caiado falou que, se virar presidente, vai anistiar o ex-presidente. A Gracinha defendeu a composição com um candidato a senador na chapa dela e o Daniel já tinha sinalizado isso também, depois da conversa dele com o Bolsonaro. Então, todos os sinais e gestos são no sentido de que a via está aberta”, avalia o vereador Vitor Hugo,

Bolsonaro decide

Pré-candidato a senador, o parlamentar aponta, no entanto, que ainda é necessário avançar para diálogo direto com o comando do partido no estado. “É lógico que é preciso ter uma conversa com os dirigentes do partido no estado e com os dirigentes nacionais, mas a decisão final é do Bolsonaro”, relata.

Vitor Hugo avalia que, assim como apontaram Gracinha e Daniel Vilela, a melhor estratégia para o PL e para a base do governo seria o lançamento de chapa única, com os nomes da primeira-dama e um indicado pela sigla, que poderia ser ele próprio. “É uma possibilidade que está na mesa e essa decisão é do ex-presidente Bolsonaro. É lógico que, se houver uma composição nesse sentido, a chance de vitória de todo mundo é muito grande. Porque seria a união do PL com a base governista contra a esquerda e os discursos se alinham e tudo fica mais fácil. Essa é a verdade”, diz o vereador.

Já Wilder manteve a defesa por candidatura própria ao Palácio das Esmeraldas, apesar da prioridade apresentada publicamente por Bolsonaro para o lançamento de candidaturas competitivas ao Senado. Em resposta ao POPULAR quando questionado sobre a possibilidade de aliança, o senador apontou que a composição é possível, desde que ocorra em apoio a um nome do próprio partido ao governo estadual.

“O PL em Goiás hoje vai ter candidato a governo do estado. Logicamente, com parceria de vários candidatos que possam compor a nossa chapa e não temos dificuldade nenhuma com isso”, disse. “O nosso candidato a presidente é Jair Messias Bolsonaro. Então, neste momento político, o que nós conversamos é isso. Agora só Deus sabe o que vai acontecer nessa mesma data no ano que vem ou qual é o rumo que vamos ter aqui em Goiás”, afirmou.

Palanque

Wilder ainda disse que “não há condições” de discutir a possibilidade de apoiar um nome de outro partido na disputa ao governo. “Não tem cabimento para um partido que tem essa quantidade de candidatos a deputado federal e a migração de pessoas vindo para o PL. A estrutura do partido é muito grande no Brasil inteiro e, com toda a certeza, teremos aqui em Goiás uma candidatura majoritária e tem vários nomes que podem ser. Essa vai ser uma decisão nacional até porque nós temos que ter palanque para o nosso presidente Jair Bolsonaro em Goiás”, afirmou.

Apesar do discurso mantido pelo senador, a avaliação é de que os critérios apresentados até agora para a decisão de Bolsonaro sobre o cenário dos estados apontam para priorização de candidaturas ao Senado. A aposta, inclusive, está no centro da defesa pela aliança feita pelo vice-governador.

“O presidente Bolsonaro relatou que a prioridade dele e do PL seriam candidaturas ao Senado e que, portanto, haveria um espaço bem possível de se construir uma aliança”, disse Daniel Vilela ao POPULAR, há duas semanas. “É a volta do bom senso nessa relação entre o governador e o PL. E espero que isso permaneça até o ano que vem pra gente construir junto um projeto de continuidade aqui pra Goiás”, completou.

Na última semana, Gracinha Caiado afirmou que a aliança com o PL seria “importantíssima”. “Nós temos que estar juntos, porque não é com a esquerda que nós temos que trabalhar. Então, estar com o PL é o caminho que deve ser”.

Base do PL vê candidatura ao governo de Goiás cada vez mais improvável

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