CBN Goiânia
EXONERAÇÃO | 14 de Setembro de 2024
Professor da UEG denunciado por assédio contra ex-alunas é exonerado da instituição
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O professor de química da Universidade Estadual de Goiás, Antônio Carlos Severo Menezes, denunciado, em 2023  por ao menos sete ex-alunas da UEG por assédio sexual e moral dentro do campus Henrique Santillo, em Anápolis, a 55 km de Goiânia, foi exonerado da instituição. 

A decisão publicada no Diário Oficial do Estado de Goiás, na sexta-feira, diz que o professor foi exonerado por “prática das transgressões disciplinares” e não pode assumir cargo, função, mandato ou emprego público estadual pelos próximos dez anos. 

O caso veio à tona em julho do ano passado, quando uma aluna, de 24 anos, denunciou à universidade ter sido vítima do professor.  A denúncia chegou a um grupo formado por ex-alunas dos cursos de química e farmácia  que se mobilizaram para apresentar denúncias e pedir o afastamento do docente. De acordo com as vítimas, elas estudaram no local entre 2000 e 2023  e que ele utilizava da posição que ocupava para investir sexualmente contra as estudantes.

Ainda no ano passado,  Antônio Carlos Severo Menezes foi indiciado por perseguição à primeira aluna que fez a denúncia. À epoca, a delegada Isabella Joy, da Policia Civil de Goiás, disse ter encontrado, durante as investigações, indícios suficientes de que o professor teria cometido assédio sexual contra alunas da instituição. Porém, esses casos já tinham prescritos e ele não podia responder por esses crimes.  

Em agosto de 2023, depois que uma sindicância em que todos prestaram depoimento, a universidade abriu um procedimento administrativo disciplinar e afastou temporariamente o professor por 180 dias. 

Em resposta à CBN, a Universidade Estadual de Goiás, informou que assim que foi acionada, via ouvidoria, e teve conhecimento das denúncias contra o professor, instaurou sindicância para apurar as informações e tomou providências para que o docente não tivesse mais contato com a aluna que o denunciou. Em meados de agosto deste ano,  o tempo legal de afastamento do docente foi encerrado e ele voltou às atividades na Universidade, no entanto,  segundo a UEG, as atividades ficaram restritas à pesquisa, que é desenvolvida em um laboratório específico.

Na nota diz ainda que  a partir da intimação da decisão da exoneração publicada nesta sexta-feira,  o professor tem dez dias para recorrer.

A CBN entrou em contato com a defesa do professor por ligações e mensagens, na tarde deste sábado. No entanto, as ligações não foram atendidas e as mensagens nao tiveram resposta. A reportagem aguarda o retorno. 

Por Daniela Versiane

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