Foto/Polícia Civil

O rompimento de cabos da rede elétrica pode ser a causa para um incêndio de grandes proporções ocorrido, no último dia 23 de agosto, em Itajá, no sudoeste goiano. De acordo com a Polícia Civil, cerca de 1 mil hectares de áreas de pastagem e de proteção permanente foram destruídos.  Houve também o registro de morte de 20 animais. 

O caso é apurado pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (DEMA). O titular, Delegado Luziano de Carvalho, explica que as evidências colhidas até o momento apontam que o início das chamas foi próximo a rede de energia.

A DEMA também apura outras duas ocorrências onde a suspeita é que a causa dos incêndios tenha sido a mesma. Uma ocorrida em 2019 em Edeia, com mais de 15 mil hectares destruídos pelo fogo, e outra em Palmeiras de Goiás registrada em 2022. Todas entre os meses de agosto e setembro. 

O delegado Luziano de Carvalho relata ainda que neste período de seca o volume de inquéritos de investigação de incêndios, com variadas causas, aumentou consideravelmente.

O inquérito do caso de Itajá deve ser concluído em até 15 dias, ainda é aguardado um relatório da Polícia Científica. 

Nota da Equatorial:

A Equatorial Goiás informa que não há laudos que comprovem que o fogo foi causado pelo rompimento de cabos de energia, nem há conclusão de perícia técnica que comprove a responsabilidade da Distribuidora. 

A concessionária destaca ainda que o rompimento do cabo foi proveniente da queimada na região da fazenda Água Branca entre Itajá e Lagoa Santa, danificando equipamentos da rede elétrica e comprometendo o fornecimento de energia na região. O Corpo de Bombeiros atuou no local e equipes da distribuidora realizaram a recuperação da área afetada após a liberação da corporação. O restabelecimento do fornecimento aos clientes ocorreu no mesmo dia. 

Além disso, a concessionária destaca que queimadas próximas à rede elétrica podem causar danos aos equipamentos, prejudicar o fornecimento de energia e provocar graves acidentes. Iniciar queimadas, tanto em áreas rurais quanto urbanas, é considerado crime, com pena de 1 a 4 anos de reclusão, além de multa. Se o incêndio atingir a rede elétrica, pode prolongar significativamente a interrupção do fornecimento de energia.

A Equatorial Goiás também alerta que a fumaça dos incêndios carrega impurezas, fuligem e outros materiais que podem prejudicar os cabos e isoladores instalados nos postes, essenciais para o funcionamento adequado do sistema elétrico. Dependendo da quantidade de fuligem na fumaça, esses materiais podem danificar a nossa rede.

Ouça reportagem:

Por José Bonfim.