Reprodução - TV Anhanguera

18 pessoas foram condenadas pela Justiça por organização criminosa e associação para o tráfico de drogas. O esquema criminoso usava advogados como “garotos de recado” para administrar atividades do grupo criminoso. 

Em agosto de 2023, 16 advogados foram condenados pelos mesmos crimes. Desta vez, as penas, que variam entre seis e 14 anos de prisão, serão cumpridas pelas pessoas que contrataram os advogados. Todas as penas serão cumpridas em regime inicial fechado.  

As apurações da Polícia Civil começaram depois que a Diretoria-Geral de Polícia Penal teve acesso às conversas entre os detentos e advogados, que aconteceram de setembro de 2019 a janeiro de 2022.   

Na época, o delegado Thiago Martimiano explicou que os advogados levavam informações sobre o tráfico de drogas para criminosos. Inclusive, da favela do Morro dos Prazeres, no Rio de Janeiro.  

As investigações mostraram ainda que eles recebiam de 5 mil reais a 20 mil reais para cometer os crimes.  

A defesa dos presos ainda não foi localizada.

Íntegra OAB-Goiás:

O Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO) informa que, dos 16 advogados investigados na ‘Operação Veritas’, 11 são inscritos na seccional goiana e estão em situação regular.

Vale destacar que a OAB apura toda e qualquer infração que chegue ao seu conhecimento, seja por meio de representação ou por fatos divulgados em canais de comunicação.

Por força do Art. 72, parágrafo 2º, da Lei Federal 8.906/94, os processos são sigilosos e não permitem qualquer divulgação das providências eventualmente adotadas, nem mesmo acerca de sua instauração. O sigilo vigora até que haja decisão condenatória irrecorrível que penalize o(a) advogado(a) com suspensão ou exclusão dos quadros da OAB.

Por fim, a entidade informa que não comenta eventuais situações de prisão de seus inscritos.

Ouça reportagem:

Por Laylla Alves