CBN Goiânia
'SEJA MARGINAL, SEJA HERÓI' | 9 de Maio de 2023
Entidades de Educação pedem indenização e exclusão das publicações de Gustavo Gayer sobre camiseta
IMAGEM

Quatro entidades da educação pediram indenização por danos morais e a exclusão das publicações do deputado federal Gustavo Gayer (PL) após exposição da professora que usava em sala de aula uma camiseta com frase “Seja marginal, seja herói”. A camisa faz uma alusão à obra do artista brasileiro, Hélio Oiticica. As entidades que entraram na Justiça são: a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (Sindipro), Federação Interestadual dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino do Brasil Central (Fitrae-BC) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego).

As ações, que já foram protocoladas, pedem: pagamento de indenização por danos morais à professora no valor mínimo de R$ 30 mil, em razão da perda do emprego após perseguição ideológica e ofensa à sua honra e imagem; intimação de plataformas digitais para que excluam as publicações que exponham a professora ou mencionam a escola em que ela trabalha; suspensão da página do Instituto Nossos Filhos, na qual o deputado aparece pedindo que pais denunciem os professores por “doutrinação”.

Pedem também para que Gustavo Gayer não publique mais qualquer vídeo, texto ou imagem de professores, que possam colocá-los em risco quanto à integridade física, moral ou econômica; que o deputado seja proibido no que se refere à realização de eventos ou incitação à perseguição a professores que, em sua opinião, estejam realizando “doutrinação de esquerda”; o envio da denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) para inserir este processo no Inquérito das Fake News e nos inquéritos que apuram a conduta antiética do deputado; o cancelamentos das contas de Gayer nas redes sociais e a publicação de um vídeo de retratação para a professora.

À CBN, a professora contou que a demissão aconteceu por telefone, na quinta-feira (04), depois que o deputado publicou suas fotos nas redes sociais dele.  Vale ressaltar que, além das ações ajuizadas, Alexandre Amui, advogado da mulher, disse que irá entrar com uma ação trabalhista contra a escola que a demitiu.

O Colégio Expressão e o Colégio Expressão Jr. disseram em nota que têm o compromisso de oferecer uma educação de qualidade, pautada pela ética, respeito e diversidade. Segundo o material, por mais de 23 anos, a escola jamais induziu, militou ou abordou temas políticos, religiosos ou de gênero, pois acreditam que essas escolhas devem ser respeitadas e discutidas no âmbito familiar.

A reportagem também pediu uma nota para Gustavo Gayer, mas a assessoria disse que não iria se manifestar.

 

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