O corte de verbas em áreas da saúde e educação, anunciado pelo Governo Federal, deixou pesquisadores e pacientes do SUS em alerta. Na saúde, foram R$107 milhões apenas para o programa Farmácia Popular, o que equivale a 20% do orçamento para distribuição de medicamentos com desconto de até 90%.

A presidente do Conselho Regional de Farmácia de Goiás, Lorena Baía, explica que apesar do corte, não haverá impacto imediato na dispensa de medicamentos gratuitos e com desconto. Ela reforça que o programa tem uma grande importância para o orçamento de famílias de baixa renda.

A professora aposentada Aldaides Santiago depende do programa. Ela retira 3 medicamentos de forma gratuita e compra outros com desconto para tratamento da hipertensão e tireoide. Mesmo assim gasta mais de R$200 por mês.

Os Ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia perderam cerca de R$280 milhões. As pesquisas e assistência estudantil podem ser as mais afetadas. A CBN questionou a UFG, se há alguma previsão de impacto no orçamento da instituição. Em Nota a Universidade disse que até o momento, não tem novas informações sobre o assunto.

Em todos os ministérios, o corte soma cerca de R$4 bilhões. A justificativa do governo é a readequação do orçamento a ajustes fiscais.

Apesar do corte, o Ministério da Saúde afirmou que o programa Farmácia Popular não será impactado, e que há orçamento suficiente para custeio.

Por José Bonfim.